segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Santos - Bi Campeão da Taça Libertadores da América 1963


A Taça Libertadores deste ano se inicia com oito equipes
divididas em três grupos, dois com três equipes e um com
dois clubes. Classificam-se os campeões de cada grupo para
as semi finais, que contarão com a participação do Santos,
do Brasil, campeão da edição de 1962. Nas semi finais os clubes
jogam em ida e volta, assim como os vencedores dessas partidas,
que farão a grande final também em partidas de ida e volta.
Era necessário superar 2 adversários para ser campeão. O Peixe, detentor do título de 1962, o primeiro de um time brasileiro, teve direito à regalia.
O caminho era tão curto. quanto tortuoso, difícil.
Pela frente, o mágico Botafogo.
O primeiro jogo, no dia 22 de agosto, em São Paulo, terminou 1×1.
A partida seguinte, em 28 de agosto, no Maracanã, explica a razão do Santos lotar naqueles tempos o então maior estádio do mundo.
O time de Pelé ganhou por 4 a 0. Foi, como de costume quando necessário, santástico!!!
Faltava “apenas” derrotar o Boca Juniors nas finais para garantir o bi.
Em 3 de setembro, no Maracanã, o Santos levou a melhor, por 3 a 2, com gols de Coutinho (2) e Lima. Chegou a fazer 3 a 0.
Na partida final, o mítico La Bombonera viu cair a invencibilidade do Boca lá dentro.

1º Jogo
04/09/1963 - Quarta-feira
SANTOS 3x2 BOCA JUNIORS
Local: Maracanã (Rio de Janeiro-BRA);
Público: 100.000; Árbitro: Marcel Albert Bois (FRA);
Gols: Coutinho 2', Coutinho 21', Lima 28' e
Sanfillippo 43' do 1º; Sanfillippo 44' do 2º
Santos: Gilmar, Mauro, Calvet e Dalmo;
Zito e Geraldinho; Dorval, Lima,
Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.
Boca Juniors: Errea, Magdalena, Marzolini e Orlando
(Silveira); Simeone e Rattin; Grillo, Rojas, Menéndez,
Sanfillippo e González. Técnico: Aristóbulo Deambrosi.

2º Jogo
04/09/1963 - Quarta-feira
BOCA JUNIORS 1x2 SANTOS
Local: La Bombonera (Buenos Aires-ARG);
Público: 50.000; Árbitro: Marcel Albert Bois (FRA);
Gols: Sanfillippo 1', Coutinho 5' e Pelé 37' do 2º;
Boca Juniors: Errea, Magdalena, Orlando e Simeone;
Silveira e Rattin; Grillo, Rojas, Menéndez,
Sanfillippo e González. Técnico: Aristóbulo Deambrosi.
Santos: Gilmar, Mauro, Calvet e Dalmo;
Zito e Geraldinho; Dorval, Lima,
Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Santos - Bi-Campeão Mundial


Coube aos bravos jogadores santistas, jogando no estádio do Maracanã (RJ) sem a presença do seu melhor jogador, o Rei Pelé - que estava contundido -, escrever com sangue e muita luta uma vitória dramática e heróica na página dourada do livro de sua gloriosa existência. O Santos bateu o time italiano do Milan, comandado por Trapatonni e pelo brasileiro Amarildo.

O resultado apertado refletiu bem o grau de dificuldade que teve o time santista para conquistar o seu segundo título de Campeão Mundial Intercontinental. Após perder o primeiro jogo na Itália pelo placar de 4 a 2, o Alvinegro recuperou-se brilhantemente ao vencer, pelo mesmo resultado, a segunda partida, provocando a terceira e decisiva peleja, também em gramados brasileiros.


O tento solitário Alvinegro foi marcado pelo lateral-esquerdo Dalmo Gaspar, aos 25 minutos da etapa inicial, cobrando uma penalidade máxima, sofrida pelo atacante Almir, o Pernambuquinho.

Juan Brozzi, o árbitro argentino, expulsou, por reclamação, o zagueiro italiano Maldini, logo após o mesmo ter cometido a penalidade máxima. E ainda no primeiro tempo, já nos acréscimos, foi a vez de ser expulso também o lateral-direito santista Ismael, por desferir uma violenta cabeçada no ex-botafoguense Amarildo.

Naquele distante sábado, 16 de novembro de 1963, perante 120.421 espectadores, o Alvinegro Praiano sagrou-se bicampeão mundial interclubes, vencendo o onze italiano com: Gilmar; Ismael, Mauro, Haroldo e Dalmo; Lima e Mengálvio; Dorval, Coutinho, Almir e Pepe. O técnico santista era Luís Alonso, o inesquecível Lula. Já se vão mais de 40 anos de saudosa e nostálgica recordação, gravada para sempre na parede da memória dos felizes torcedores santistas, que não esquecerão jamais aquele sábado primaveril memorável.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Escudos/Distintivos do Santos ao Longo da História

O Santos Futebol Clube foi fundado em 14 de abril de 1912 na sede do Clube Concórdia. A agremiação, em seu primeiro ano de existência, adotou o modelo do escudo do Concórdia e suas cores: azul, branco e dourado.
O distintivo do Peixe, criado em 1913, era composto por um globo terrestre com os paralelos de latitude a partir de uma linha do equador e dos meridianos de longitude, tendo ao centro um escudo com dez listras verticais, alternadas em preto e branco, com uma faixa diagonal com o monograma SFBC (Santos Foot-Ball Clube), e do lado esquerdo superior uma esfera simbolizando a bola de futebol. Por cima do escudo, havia uma coroa. Esse escudo tinha também traçados os continentes em tom de amarelo, o Brasil em verde e os oceanos em azul. A inscrição se tornou SFC em 24 de abril de 1915, por solicitação do patrono do clube, Urbano Caldeira.
Em 1915, para poder disputar um torneio municipal, o clube adotou o pseudônimo de União, mantendo o mesmo uniforme, mas com um escudo com o nome União entre losangos.
Nos anos 30, abandonou o velho escudo e adotou definitivamente o atual, com listras verticais. Nos anos 60, acrescentou duas estrelas douradas em cima do distintivo, para marcar a conquista dos dois campeonatos mundiais interclubes.

Escudo do Concórdia de 1912

Escudo oficial de 1913

Escudo do União FC de 1915

Escudo empregado nas décadas de 30 e 40

Escudo atual do Peixe

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pelé - O Atleta do Século


Nome: Edson Arantes do Nascimento
Posição: meia-atacante
Filiação: João Ramos do Nascimento (Dondinho) e Celeste Arantes do Nascimento
Data e Local de Nascimento: 23/10/1940, em Três Corações (MG)- Brasil
Chuteira: 39
Estreia como profissional: Santos FC 7 X 1 Corinthians de Santo André
Jogos: 1.365 jogos
Gols: 1.281 gols
Jogos pelo Santos: 1.116 jogos
Gols pelo Santos: 1.091 gols
Jogos pela Seleção Brasileira: 114 jogos
Gols pela Seleção Brasileira: 95 gols
Clubes: Santos FC (1956 a 1974) e Cosmos (1975 a 1977)

"Eu sonhava em jogar como meu pai", confidenciou Edson Arantes do Nascimento, mineiro da cidade de Três Corações, filho de Celeste e do conhecido jogador Dondinho. Edson teve uma surpresa, porque Pelé foi muito além. Superou seu próprio sonho e, até mesmo, a promessa de ganhar uma Copa do Mundo para seu pai. "Na final da Copa de 50, o Brasil perdeu para o Uruguai e meu pai ficou muito emocionado. Quando eu o vi em lágrimas, só pude pedir para que não chorasse porque eu iria ganhar uma Copa do Mundo para ele", lembrou o Rei, que saiu campeão de três Copas do Mundo, colecionou mais de 50 títulos e 1.281 gols em sua gloriosa carreira.


Quando o Atleta do Século XX, ainda aos quatro anos, mudou-se para São Paulo com sua família, Dondinho passou a atuar no Bauru Atlético Clube (BAC). Seguindo os passos maestrais de seu pai, Dico brilhou em equipes amadoras da região, como Ameriquinha e Baquinho, e sua intimidade com a bola o fez conquistar títulos de artilheiro e um novo apelido: Pelé.


Em pouco tempo, os pés daquele menino franzino e de uniformes folgados no corpo tomariam um novo rumo. Aos 11 anos, Pelé foi descoberto pelo jogador Waldemar de Brito que o convidou a fazer parte da equipe que estava organizando: o Clube Atlético de Bauru. Para selar compromisso com o destino, o mesmo jogador que o descobriu, o levaria, anos depois, para o Santos Futebol Clube.


Assim que Pelé chegou à Vila Belmiro, em oito de agosto de 1956, Waldermar de Brito avisou ao clube santista: "Esse menino vai ser o melhor jogador de futebol do mundo". Não demorou muito para a profecia começar a se concretizar. Um mês depois de sua chegada ao alvinegro praiano, que já era um time bicampeão paulista, Pelé estreou na equipe principal. "Minha estréia foi em um torneio amistoso contra o Corinthians de Santo André. Entrei no segundo tempo, no lugar de Del Vecchio e fiz o sexto gol do placar de 7 a 1. Foi meu primeiro gol com a camisa do Santos", contou.

Aos 16 anos, participou de um torneio de quatro equipes européias e brasileiras. O time em que atuou foi um combinado Santos e Vasco e, em uma das partidas, Pelé fez três belos gols. Daí em diante, o Brasil todo começou a enxergar o futuro Rei do Futebol.

Convocado para usar a camisa verde e amarela, em 1957, Pelé levou o país a conquistar o título de campeão da Copa Roca. "Foi meu primeiro título internacional e com a camisa da Seleção Brasileira", lembrou. O sucesso continuou aos pés de Pelé durante a disputa do Campeonato Paulista de 57, do qual foi artilheiro. "Já no meu primeiro campeonato, fiz 36 gols. Para um garoto de 16 para 17 anos, essa é uma grande conquista", declarou o dono da imortalizada Camisa 10.

Em menos de um ano, Pelé viu-se diante da grande oportunidade de concretizar a promessa que havia feito a seu pai: ganhar uma Copa do Mundo. Seu primeiro gol na Copa foi contra o País de Gales e classificou o Brasil para a semifinal. Na final da Copa de 58, a Seleção Brasileira conquistou seu primeiro título mundial depois de ter goleado a anfitiriã Suécia por 5 a 2. Pelé não agüentou e desmaiou em campo (na foto acima Pelé e amparado por Gilmar). "A emoção de participar de algo tão grandioso foi tão importante para mim que nem consigo expressar. Foi a primeira vez que fiz uma viagem para o Exterior e, ainda, realizei meu maior sonho. Com 17 anos, tornei-me o mais novo campeão do mundo. Além disso, levamos o nome do Brasil para fora e demos abertura para outros negros participarem da Copa, pois, até então, eu era o único ", declarou o Rei.

Após ter concretizado o que mais almejava, Pelé tinha mais duas metas: conquistar o Campeonato Paulista de 58 e o Torneio Rio-São Paulo pelo Santos Futebol Clube. Formado por jogadores como Coutinho, Zito, Pepe e o Rei, o time praiano mantinha-se imbatível e vivia sua melhor fase. Pelé foi o artilheiro do Paulista de 58 com o total de 58 gols, em 38 partidas, e o Santos conquistou o título.


A história repetiu-se em 1959 e o Peixe saiu vitorioso, pela primeira vez, no Torneio Rio-São Paulo. Entre os anos de 59 e 61, o Santos Futebol Clube conseguiu, com Pelé, conquistar 11 títulos internacionais. Reconhecida e respeitada internacionalmente, na década de 60, a equipe santista conquistou oito Campeonato Paulistas, e Pelé foi coroado como artilheiro em quase todos eles.

Nessa época, o Rei do Futebol recebeu diversos convites para atuar em times no Exterior, principalmente na Europa, mas rejeitou todos. Fiel ao Peixe, tinha outro objetivo em mente. "O Santos ainda não tinha título de campeão sul-americano e eu sonhava em dar esse título ao clube", afirmou. Em 1962, mais uma meta atingida: o time foi campeão sul-americano, goleando a equipe uruguaia do Peñarol, que havia sido campeã em 60 e 61.


No mesmo ano, mais uma Copa do Mundo à vista e Pelé era o grande nome do momento. Devido à uma distensão, ele não pôde jogar na final, mas o elenco saiu vitorioso e bateu a Tchecoslováquia por 3 a 1, no Chile. O Brasil passou a ser Bicampeão Mundial. "Fiquei muito preocupado e muito chateado por não ter podido ajudar meus colegas. Mas, graças a Deus, o Brasil conseguiu seu segundo título e fiquei muito realizado", afirmou Pelé.

Na Copa do Mundo seguinte, em 1966, a Seleção Brasileira viveu um pesadelo: foi eliminada logo na primeira fase. "Foi uma tristeza muito grande para mim, pois eu já era o Pelé e a cobrança era muito grande. Tanto, que eu pensei até em desistir de jogar", afirmou Pelé.

Em 1970, o Brasil passava por uma das fases mais difíceis da história com a ditadura militar. Indiscutivelmente, Pelé (na foto comemorando gol com Tostão) na Copa era a esperança de dias melhores para os brasileiros. "Muitas pessoas me incentivaram a participar da Copa de 70. É claro que senti todo o peso da responsabilidade nas minhas costas, pois a seleção já vinha de uma derrota", lembrou o Rei. Finalmente, o Brasil conquistou, definitivamente, a Taça Jules Rimet, vencendo a final contra a Itália, por 4 a 1, no México. "Foi a melhor fase de toda a minha carreira. Joguei em todas as partidas e finalizei minha participação nas Copas do Mundo extremamente realizado", afirmou Pelé, único tricampeão do mundo e maior artilheiro em Copas Mundiais.

Aos 22 anos, o Rei já atingia a marca de 500 gols. À medida que o tempo ía passando e Pelé aproximava-se da marca dos mil gols, as pessoas vibravam. "Quando fui me aproximando do milésimo gol, todos fizeram questão de transformar isso em um grande tema", afirmou Pelé. O tão esperado gol foi um pênalti fulminante, durante o jogo do Santos Futebol Clube contra o Vasco, no Maracanã, em 19 de novembro 1969. "Pela primeira vez, tremi. Nunca senti uma responsabilidade tão grande", completou o Rei (na foto beijando a bola após marcar o miléssimo gol de sua carreira).


Deixando pegadas de glória e saudade pelo Brasil, sua despedida oficial da Seleção foi em julho de 1971. Três anos depois, chegou a vez do Rei dar adeus ao Santos Futebol Clube, em outubro, durante a partida contra a Ponte Preta. É uma das imagens mais marcantes de Pelé: ele está ajoelhado no meio do gramado do Estádio da Vila Belmiro, de braços abertos e com a bola parada no chão diante dele. Pelé, aos soluços, pede perdão . É o fim de um casamento de 18 anos, seis meses e 26 dias.


Mas, a magia do futebol daquele homem que, com seus pés de ouro, fazia arte em campo, ficará imortalizada pelos gramados da Vila Belmiro e na memória daqueles que o assistiram. Porque quem é rei, nunca perde a majestade. Porque Pelé é eterno. "Sinto muita saudade daquela época, principalmente dos meus amigos de equipe. Realmente, isso me deixa muito emocionado".

Em 1975, aos 35 anos, o Rei do Futebol resolve voltar a atuar e transferiu-se para o Cosmos de Nova York (Estados Unidos) onde ajudou a difundir o esporte no país e conquistou o título de campeão norte-americano de 1977.


O amistoso Cosmos x Santos na despedida oficial de Pelé pode ser definido como o jogo em que todos perderam. O Rei, porque pretendia e não conseguiu marcar o último gol da carreira pelo Peixe, clube que lhe abriu as portas do sucesso. Quis o destino que seu único gol na partida fosse pelo Cosmos. O Santos, que havia dado adeus a Pelé há alguns anos, foi batido por 2 x 1. O Cosmos, mesmo vencendo o jogo, perdia seu maior craque e relações públicas. Mas, acima de tudo, naquele 1º de outubro de 1977, o futebol era o maior derrotado, ficando sem seu maior jogador de todos os tempos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dados de jogos do Santos FC na história


JOGOS - 5495
VITÓRIAS - 2851
EMPATES - 1267
DERROTAS - 1377
GOLS PRÓ - 11640
GOLS CONTRA - 7358
SALDO - 4282

Ultima atualização realizada em 11 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Os Maiores Artilheiros do Santos


01 - Pelé 1091 1956-1974
02 - Pepe 405 1954-1969
03 - Coutinho 370 1958-1970
04 - Toninho Guerreiro 283 1963-1969
05 - Feitiço 216 1927-1932/1936
06 - Dorval 198 1956-1967
07 - Edu 183 1966-1976
08 - Araken Patusca 177 1923-1929
09 - Pagão 159 1955-1963
10 - Tite 151 1951-1957/1960-1963
11 - Camarão 150 1923-1934
12 - Antoninho 145 1941-1954
13 - Odair 134 1943-1952
14 - Raul Cabral Guedes 120 1933-1942
15 - Vasconcelos 111 1953-1959
16 - Álvaro 106 1953-1961
17 - Del Vecchio 105 1953-1957/1965-1966
18 - João Paulo 104 1977-1984/1992
19 - Serginho Chulapa 104 1983-1984/1986/1988/1990
20 - Ary Patusca 103 1915-1922
21 - Juary 101 1976-1979/1989
22 - Gradim 97 1936-1944
23 - Rui Gomide 97 1937-1947
24 - Robinho 94 2002-2005/2010
25 - Kléber Pereira 87 2007-2009
26 - Douglas 79 1967-1972
27 - Siriri 75 1923-1929
28 - Guga 74 1992-1994
29 - Giovanni 73 1994-1996/2005/2006
30 - Mário Seixas 67 1930-1936
31 - Viola 67 1998-1999/2001
32 - Lima 65 1961-1971
33 - Arnaldo Silveira 64 1912-1921
34 - Nicácio 61 1949-1955
35 - Nenê 60 1969-1974
36 - Deivid 60 1999-2001/2004-2005
37 - Dodô 59 1999-2001
38 - Macedo 59 1994-1998
39 - Logu 58 1931-1935
40 - Vitor Gonçalves 58 1930-1936
41 - Neymar 57 2009-2010
42 - Zito 57 1952-1967
43 - Paulinho McLaren 55 1989-1992
44 - Evangelista 55 1925-1931
45 - Haroldo Pires Domingues 55 1921-1927
46 - Elano 54 2002-2005/2011
47 - Pita 53 1976-1984
48 - Cláudio Adão 51 1973-1976
49 - Constantino 51 1920-1924
50 - Léo Oliveira 50 1967-1975

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Santos nas Copas


A história de glórias da Seleção Brasileira em Copas do Mundo e a do Santos Futebol Clube se misturam. Das cinco conquistas nacionais em mundiais, em três o Peixe esteve representado. Ao todo, onze jogadores do Alvinegro Praiano sagraram-se campeões do mundo.

Os primeiros santistas a servirem a Seleção Brasileira na disputa do Mundial foram Pelé, Pepe e Zito, em 1958, na Suécia. O trio foi bem, ajudando o Brasil a conquistar sua primeira Copa. O Rei do Futebol, inclusive, foi o artilheiro da seleção no torneio, com seis gols.

Pelé anotou dois gols na final contra a Suécia, que terminou com vitória brasileira por 5 a 2. O Atleta do Século XX já havia anotado três na semifinal contra a França (5 a 2) e o único gol brasileiro nas quartas de final contra o País Gales. O lance da vitória por 1 a 0 está imortalizado. Na jogada, Pelé, após chapéu em Melvin Charles, chutou antes que a bola tocasse o gramado para marcar.

Quatro anos mais tarde, além de Pelé, Pepe e Zito, Gilmar, Mauro, Mengálvio e Coutinho ajudaram a Seleção a conquistar o bicampeonato. Na Copa de 1962, no Chile, mais uma vez um santista fez a diferença. Zito marcou o gol da virada brasileira na final contra a Tchecoslováquia quando o jogo estava empatado em 1 a 1. A decisão terminou em 3 a 1 para o Brasil.

Pelé, que marcou um gol na estreia brasileira contra o México (2 a 0), encerrou sua participação em 62 ainda na primeira fase. O Rei distendeu o músculo adutor da coxa esquerda aos 27 minutos da segunda partida da seleção, no empate em 0 a 0 com a Tchecoslováquia.

Em 1966, na Inglaterra, Gilmar, Orlando Peçanha, Lima, Zito, Edu e Pelé defenderam o Brasil. A Seleção se despediu do mundial daquele ano ainda na primeira fase, após uma vitória e duas derrotas. Pelé marcou um gol na competição. O tento foi anotado na estreia, contra a Bulgária (2 a 0).

No México, em 1970, com Carlos Alberto Torres, Joel Camargo, Clodoaldo, Edu e grande participação de Pelé, o Brasil voltou a brilhar e conquistou seu terceiro título. O Rei do Futebol fez quatro gols, sendo um deles na final. O Atleta do Século XX abriu o caminho para a vitória na decisão, fazendo o primeiro da Seleção no 4 a 1 sobre a Itália.

Pelé também marcou um na estreia brasileira, na vitória de 4 a 1 sobre a Tchecoslováquia, e dois no 3 a 2 sobre a Romênia, no terceiro jogo da primeira fase.

E, além dos tentos, o Rei protagonizou lances antológicos no México: a bola chutada do meio campo que passou raspando o travessão do goleiro tcheco na estreia brasileira; a cabeçada defendida pelo goleiro inglês George Banks, após cruzamento de Jairzinho, no segundo jogo da primeira fase; o inédito drible de corpo no goleiro uruguaio Mazurkiewicz, seguido da conclusão que saiu caprichosamente; e a assistência para Carlos Alberto marcar o quarto contra a Itália.

Mas, além do Rei, outros dois santistas fizeram gols importantes: Carlos Alberto Torres fez o último do Brasil na final e Clodoaldo marcou o gol de empate contra o Uruguai, quando a Seleção perdia de 1 a 0, na semifinal. O confronto contra os uruguaios terminou em 3 a 1 para o Brasil.

Em 1974, Edu e Marinho Peres foram convocados, mas o Brasil não conseguiu o título na Alemanha. A Seleção parou na segunda fase, que, naquela edição do Mundial, também foi de grupos.

Após um intervalo de 36 anos, o Santos FC voltou a ter um representante defendendo a Seleção Brasileira em uma Copa: Robinho, no Mundial de 2010, na África do Sul. O Rei das Pedaladas marcou dois gols: um nas oitavas de final contra o Chile, vencida pelo Brasil pelo placar de 3 a 0, e outro nas quartas, na derrota brasileira por 2 a 1 para a Holanda.

O primeiro tento do craque, inclusive, quebrou uma escrita que já durava 40 anos. O último santista a marcar em um mundial pelo Brasil era, até então, Carlos Alberto Torres, em 21 de junho de 1970, no 3 a 1 na final contra a Itália, no México.

Outras Seleções

O primeiro jogador estrangeiro do Santos FC a participar de uma Copa do Mundo foi Rodolfo Rodriguez. O goleiro foi convocado para defender a Seleção Uruguaia no Mundial do México, em 1986.

Em 2006, o Peixe foi representado na Seleção Paraguaia pelo zagueiro Júlio Manzur, que, no mesmo ano, foi campeão paulista pelo Peixe.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Títulos do Santos ao Longo da História

1913 - Campeão Santista (invicto)
1915 - Bicampeão Santista (invicto)
1928 - Campeão Torneio Início (Apea)
1935 - Campeão Paulista (LPF)
1937 - Campeão do Torneio (LPF)
1948 - Campeão da Taça Cidade de Santos
1948 - Vencedor da Taça das Taças
1949 - Campeão da Taça Cidade de São Paulo
1951 - Torneio Quadrangular de Belo Horizonte (Campeão Invicto)
1952 - Campeão do Torneio (FPF)
1952 - Campeão da Taça Santos
1955 - Campeão Paulista (2º)
1956 - Campeão da Taça Gazeta Esportiva (24 jogos invicto)
1956 - Torneio Internacional da FPF
1956 - Campeão do Torneio de Classificação (17 jogos invicto)
1956 - Bicampeão Paulista (3º)
1958 - Campeão Paulista (4º)
1959 - Troféu Dr. Mário Echandi
1959 - Torneio Pentagonal do México
1959 - Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio/S. Paulo)
1959 - Troféu Tereza Herrera (Espanha)
1959 - Torneio de Valencia (Espanha)
1960 - Troféu de Gialorosso (Itália)
1960 - IV Torneio de Paris
1960 - Campeão Paulista (5º)
1961 - Torneio da Costa Rica
1961 - Torneio Pentagonal de Guadalajara (México)
1961 - Bicampeão do Torneio Paris
1961 - Torneio Itália/61
1961 - Bicampeão Paulista (6º)
1961 - Campeão Brasileiro (1º) Taça Brasil
1962 - Bicampeão Brasileiro - Taça Brasil
1962 - Campeão Sul-Americano Interclubes
1962 - Tricampeão Paulista (7º)
1962 - Campeão Mundial Interclubes
1963 - Tricampeão Brasileiro - Taça Brasil
1963 - Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio/S. Paulo)
1963 - Bicampeão Sul-Americano Interclubes
1963 - Bicampeão Mundial Interclubes
1964 - Bicampeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa(Rio/S. Paulo)
1964 - Campeão Paulista (8º)
1964 - Tetracampeão Brasileiro - Taça Brasil
1965 - Torneio Hexagonal do Chile
1965 - Torneio de Caracas (Venezuela)
1965 - Torneio Quadrangular de Buenos Aires (Argentina)
1965 - Bicampeão Paulista (9º)
1965 - Pentacampeão Brasileiro - Taça Brasil
1966 - Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio/S. Paulo)
1966 - Torneio de Nova York
1967 - Campeão Paulista (10º)
1967 - Torneio Triangular de Florença
1967 - Torneio Rubens Ulhoa Cintra
1968 - Torneio Amazônia
1968 - Torneio Octogonal Chile (Nicolau Moran)
1968 - Bicampeão Paulista (11º)
1968 - Torneio Pentagonal de Buenos Aires
1968 - Hexacampeão brasileiro - Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1ª Taça de Prata)
1968 - Recopa - Sul-Americano Interclubes
1968 - Recopa - Mundial Interclubes
1969 - Tricampeão Paulista (12º)
1969 - Torneio de Cuiabá
1970 - Torneio Hexagonal do Chile
1970 - Taça Cidade de São Paulo
1971 - Torneio de kingston - Jamaica - Triangular
1972 - Fita Azul do Futebol Brasileiro (17 partidas invicto)
1973 - Campeão Paulista (13º)
1975 - Torneio Governador do Estado - Taça Laudo Natel
1975 - Torneio Governador da Bahia (Roberto Santos)
1977 - Torneio Hexagonal do Chile
1977 - Torneio Triangular do México (Leon)
1978 - Campeão Paulista (14º)
1983 - Torneio Vencedores da América (Uruguai)
1983 - Torneio Cidade de Barcelona (Espanha)
1984 - Torneio Início
1984 - Taça dos Invictos da Gazeta Esportiva Nova Série (15 partidas invicto)
1984 - Campeão Paulista (15º)
1985 - Torneio Copa Kirim (Japão)
1987 - Torneio Cidade de Marseille - 1ª edição (França)
1990 - Super Copa Americana (China)
1994 - Copa Denner
1996 - Torneio de Verão (Santos)
1997 - Torneio Rio/S. Paulo
1998 - Copa Conmebol
2002- Heptacampeão brasileiro-Campeonato Brasileiro (1º)
2004- Copa Federação Paulista de Futebol (Santos B)
2004- Octacampeão brasileiro- Campeonato Brasileiro (2º)
2006 - Campeão Paulista (16º)
2007 - Bicampeão Paulista (17º)
2010 - Campeão Paulista (18º)
2010 - Campeão da Copa do Brasil (1º - nono título nacional)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A História do Alvinegro Praiano

O Santos FC foi fundado no dia 14 de abril de 1912, por iniciativa de três esportistas da Cidade (Francisco Raymundo Marques-foto-, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Júnior) que convocaram uma assembleia na sede do Clube Concórdia (localizado na Rua do Rosário nº18 , na parte superior da antiga padaria e confeitaria Suissa - Atual Avenida João Pessoa), para a criação de um time de futebol. Durante a reunião, surgiu a dúvida quanto ao nome que seria dado a essa agremiação. Várias sugestões apareceram: Concórdia, África, Brasil Atlético, entre outros. Mas os participantes da reunião aclamaram, por unanimidade, a proposta de Edmundo Jorge de Araújo: a denominação Santos Foot-Ball Club.

A primeira apresentação do time, considerada como jogo-treino, ocorreu no dia 23 de junho de 1912, no campo da Villa Macuco, contra um combinado local. O confronto foi vencido pelo Santos pelo placar de 2 a 1, com gols de Anacleto Ferramenta e Geraule Ribeiro. O time entrou em campo com: Julien Fauvel; Simon e Ari; Bandeira, Ambrósio e Oscar; Bulle, Geraule, Esteves, Fontes e Anacleto Ferramenta.


O primeiro jogo tido como oficial aconteceu apenas em 15 de setembro de 1912. O Santos venceu o Santos Athletic Club (atual Clube dos Ingleses) por 3 a 2, no campo da Avenida Ana Costa, nº 22 - local onde hoje se encontra a Igreja Coração de Maria. O primeiro gol do confronto foi marcado por Arnaldo Silveira (que tinha o apelido de Miúdo). O tento é considerado o primeiro da história do Clube. Os outros dois gols foram anotados pelo próprio Miúdo e por Adolpho Millon Júnior. O time estreante entrou em campo com a seguinte formação: Julien Fauvel; Sidnei e Arantes; Ernani, Oscar e Montenegro; Millon, Hugo, Nilo, Simon e Arnaldo Silveira.


Já no início de 1913, o Santos recebeu um convite da Liga Paulista de Futebol para disputar o campeonato estadual daquele ano. Esta foi a primeira competição oficial disputada pelo Clube. A estreia aconteceu no dia 1º de junho, diante do Germânia. O resultado, porém, não foi nada animador: derrota por 8 a 1. O Santos jogou com Durval Damasceno, Sebastião Arantes e Sydnei Simonsen; Geraule Ribeiro, Ambrósio Silva e José Pereira da Silva; Adolfo Millon, Nilo Arruda, Anacleto Ferramenta, Harold Cross e Arnaldo Silveira.

Três semanas depois, no dia 22 de junho, o time santista conquistava sua primeira vitória em uma competição. E logo diante daquele que viria a se tornar seu maior rival: 6 a 3 contra o Corinthians no Parque Antárticta (atual Palestra Itália).

Ainda em 1913, foi disputado pela primeira vez, o Campeonato Santista de Futebol, contando com a participação de Santos, América, Escolástica Rosa e Atlético. O Alvinegro Praiano foi o grande campeão, com seis vitórias em seis jogos, 35 gols pró e apenas sete contra. Este foi o primeiro título da história do Clube.

Desde os primeiros anos de existência, o quadro de futebol do Santos obteve êxitos memoráveis, tanto em jogos locais como internacionais. Seu primeiro título de Campeão Paulista aconteceu em 1935, dois anos após o profissionalismo futebol brasileiro.


Em 1955, após 20 anos sem ser campeão paulista, o Santos voltou a conquistar outro título estadual. Na final da competição, a equipe santista venceu o Taubaté por 2 a 1, sob o comando do técnico Lula. A equipe foi formada por: Manga; Hélvio e Feijó; Ramiro, Formiga e Urubatão; Tite, Negri, Álvaro, Del Vecchio e Pepe.

No ano seguinte, chegaria à Vila Belmiro, trazido pelas mãos de Valdemar de Brito, o menino Pelé, de 15 anos, que deu de novo impulso à história do Santos, levando-o a conquistas que enalteceram o futebol brasileiro no planeta. O Santos de Pelé fez seu nome no exterior. Praticamente deu a volta ao mundo, encantando torcedores com o futebol mágico de seus craques. Formou um ataque memorável: Dorval, Mengávio, Coutinho, Pelé e Pepe. Nesse período, o Santos foi Bicampeão Mundial Interclubes (1962/1963), Bicampeão da Taça Libertadores da América (1962/1963), entre outras glórias.


Após a Era Pelé, o Santos Futebol Clube continuou seu caminho de glórias. Em 1978 formou um time campeão. Os Meninos da Vila, apelido dado pela juventude dos atletas da equipe, conquistaram o Campeonato Paulista de 1978. Destacaram-se na época Juary, Pita, Ailton Lira entre outros.

Após isso o time continuou conquistando títulos, como o Paulista de 1984, o Torneio Rio-São Paulo de 1997 e a Taça Conmebol de 1998.

Em 2002, ano em que o clube completou 90 anos, o Santos conquistou, pela sétima vez, o principal torneio nacional (o Campeonato Brasileiro). O time que conseguiu a conquista foi, basicamente, formado dentro da Vila Belmiro. Os Meninos da Vila viraram febre no Brasil inteiro e a dupla Diego e Robinho se tornou símbolo de um futebol vistoso e alegre. No ano seguinte, com a base mantida, o Peixe chegou aos vice-campeonatos da Libertadores da América e do Campeonato Brasileiro.


Em 2004, o Peixe conquistou mais um título importante: o Campeonato Brasileiro, com nomes como Elano, Léo e Robinho. De lá para cá, mais três Paulistas foram conquistados (2006, 2007 e 2010), e uma Copa do Brasil (2010), graças ao talento da terceira geração de Meninos da Vila, com destaque para PH Ganso, Neymar, André, Felipe e o Rei das Pedaladas Robinho.