quinta-feira, 28 de abril de 2011

Neymar - O Menino da Vila


2009: O início
Neymar estreou no time profissional do Santos em 7 de março de 2009, contra o Oeste, de Itápolis, no Estádio do Pacaembu, partida vencida pelo Santos por 2-1 e válida pelo Campeonato Paulista. Neymar marcou o primeiro gol da carreira em 15 de março de 2009,contra o Mogi Mirim, no Estádio do Pacaembu,partida vencida pelo Santos por 3-0 e válida pelo Campeonato Paulista.

Mais tarde, nas semifinais da competição, o Santos encarou o Palmeiras, onde acabou vencendo os dois jogos por 2-1, com Neymar marcando o gol da vitória no primeiro duelo, realizado na Vila Belmiro. No entanto, o jogador não fez boas atuações nas duas partidas que decidiram a final do Paulistão, em que o Peixe acabou ficando com o vice-campeonato, perdendo o título para o Corinthians. Contudo, Neymar foi eleito a revelação do campeonato.

Pelo Campeonato Brasileiro, foi o grande destaque do Santos ao lado de Paulo Henrique Ganso. Apesar disto, o Peixe teve uma fraca campanha no Brasileirão, terminando na 12ª posição.

2010: Os "Meninos da Vila" e o destaque
Iniciou a melhor temporada de sua carreira pelo Campeonato Paulista, no qual Neymar marcou cinco gols em cinco clássicos e ajudou o Santos a se consagrar Campeão Paulista de 2010, fazendo três gols contra o São Paulo, um contra o Corinthians, e um contra o Palmeiras. Contra o São Paulo (na primeira fase) a partida foi vencida por 2-1, já nas semifinais foram duas vitórias (3-2 e 3-0), contra o Corinthians a partida também foi vencida pelos Santos, por 2-1. Contra o Palmeiras, sua equipe perdeu pelo placar de 4-3. Após a fantástica campanha no estadual, a equipe formada por Neymar, Paulo Henrique Ganso, Robinho, André e cia. foi apelidada de "Meninos da Vila", pelo fato destes terem uma média de idade abaixo do padrão das grandes equipes do futebol brasileiro.

O segundo título da temporada viria na Copa do Brasil. Novamente o Santos fez uma excelente campanha, aplicando consecutivas goleadas, como o 10-0 sobre o Naviraiense e o 8-1 sobre o Guarani. Neste jogo, Neymar marcou, até então, o maior número de gols em uma única partida oficial, fazendo cinco dos oito tentos da equipe santista, em partida disputada na Vila Belmiro, jogo de ida das oitavas-de-final da competição. No dia 28 de julho, na final do torneio, Neymar marcou um dos gols mais importantes de sua carreira, ajudando o Santos a vencer por 2-0 a partida de ida, contra o Vitória. Apesar da derrota no jogo de volta em Salvador, o Santos sagrou-se campeão do torneio, e Neymar o artilheiro com 11 gols.

Seleção Brasileira
Pelas seleções de base, o atleta já defendeu a Seleção Brasileira Sub-17 e Sub-20. Pelo Sub-17, participou do Campeonato Mundial Sub-17 de 2009, onde o Brasil foi eliminado logo na primeira fase da competição. Neymar marcou um gol na partida de estreia, contra o Japão, vencida pelo Brasil por 3 a 2. Pelo Sub-20, fez parte do elenco campeão do Sul-Americano de 2011, resultado que garantiu a vaga brasileira nas Olimpíadas de 2012. Desde o início do torneio, Neymar foi considerado a grande esperança da equipe, e correspondeu todas as expectativas logo na primeira partida, marcando os quatro gols da vitória por 4-2 sobre o Paraguai. Após esta belíssima atuação, o Diário Olé chegou a apelidá-lo Neymaradona. Ao fim do Sul-Americano, se tornou também o artilheiro do torneio, com nove gols.
Já pela Seleção principal, recebeu sua primeira convocado em 26 de julho de 2010 pelo técnico Mano Menezes, que havia acabado de assumir o cargo após o fiasco brasileiro na Copa do Mundo de 2010. A convocação era para o amistoso contra os Estados Unidos, em Nova Jérsey, e Neymar já estreou marcando seu primeiro gol com a camisa canarinha. Após ficar de fora da convocação seguinte devido ao seu atrito com Dorival Júnior no Santos, foi chamado novamente pela seleção no dia 29 de outubro para outro amistoso, desta vez contra a grande rival Argentina. Na partida, o jogador teve uma atuação apagada, e não pôde evitar a derrota por 1 a 0, em gol marcado numa bela jogada individual do então melhor do mundo Lionel Messi. Foi chamado também para o amistoso contra a Escócia e marcou os dois gols da vitória por 2 a 0.

Polêmicas
O jogador esteve envolvido em várias polêmicas nos últimos tempos:

Em 2 de abril de 2010, juntamente com outros jogadores evangélicos do Santos como Paulo Henrique Ganso e Robinho, Neymar se recusou a distribuir ovos de páscoa em um gesto de caridade para uma instituição de viés espírita de Santos, chamada “Mensageiros da Luz”, alegando razões religiosas;
Em 2 de setembro de 2010, em um jogo contra a equipe do Avaí pelo Campeonato Brasileiro, o técnico da equipe catarinense, Antonio Lopes disse que durante a partida Neymar teria provocado o capitão do Avaí, Emerson Nunes, ao dizer: "Sou milionário e posso tudo". Neymar negou ter feito isso;
Em 15 de setembro do mesmo ano, em uma partida contra o Atlético Goianiense, ao receber ordens do técnico santista, Dorival Junior, para não bater o pênalti, Neymar, furioso, discutiu com o treinador. Segundo o site esportivo LANCE!, a fúria de Neymar continuou após o jogo, no vestiário chegando, inclusive, a atirar um copo com isotônico no auxiliar de Dorival. O técnico da equipe goiana, René Simões, disse nunca ter visto um jogador tão "mal-educado" como Neymar e que estão "criando um monstro". O técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, repudiou a atitude de Neymar. O episódio culminou com a demissão de Dorival Junior;
Após esse episódio, Mano Menezes não convocou Neymar para "deixar problemas fora da Seleção";
Em 6 de outubro de 2010, o periódico esportivo LANCE! publicou uma reportagem na qual afirma que noitada de Neymar e de outros jogadores santistas com garotas de programa após um jogo contra o Grêmio, em Porto Alegre, iniciou queda de Dorival Junior pois este, ao saber do ocorrido que foi registrado por câmeras de segurança do hotel em que a equipe estava hospedada, ficou revoltado e pediu punição a Neymar e os outros jogadores à diretoria do Santos, mas não foi atendido;
O maior jogador da história do Santos, Pelé, também criticou as atitudes de Neymar no começo do ano, quando o elenco santista tinha craques como Paulo Henrique Ganso, Robinho, Wesley e André para dividirem responsabilidades com Neymar, e disse que "Ele estava jogando mais para torcida e para a televisão do que para o time. Ele fazia muita firula, caía muito". E acrescentou: "Eu falo com o Neymar algumas vezes e digo: você reclama do que, cara? Hoje em dia vocês jogam uma partida e todo mundo vê, ganham em um dia o que a gente ganhava no mês".
No dia em que foi convocado novamente para a Seleção Brasileira, Neymar e outro companheiro de time, o atacante Marcel se desentenderam e chegaram a trocar empurrões e muitos xingamentos. Os outros jogadores chegaram para apartar a briga, e o lateral Pará conseguiu segurar Marcel. Logo em seguida, Neymar deixou o gramado e foi para os vestiários do CT;
Em 4 de novembro de 2010, Neymar entrou em atrito com a imprensa durante uma entrevista coletiva ao ser indagado sobre as polêmicas nas quais vem se envolvendo. Em uma das respostas ríspidas que deu, Neymar disse que "se vocês (jornalistas) me deixarem sem polêmicas, espero que daqui para frente eu nunca mais saia da seleção".
Em 5 de janeiro de 2011, numa entrevista, o ex-volante santista Roberto Brum fez uma revelação bombática sobre a demissão de Dorival Junior: segundo o jogador, o elenco foi ameaçado de "não ganhar salário se o Neymar não jogasse contra o Corinthians" e afirmou que "nem o presidente (Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro) e nem o diretor de futebol (Pedro Luiz Nunes Conceição) queriam a demissão dele (Dorival). Mas a ordem veio lá de cima, de São Paulo. Ordem acima do presidente". Brum acrescentou que "O Dorival precisava ganhar o comando do grupo, e isso só ia acontecer com a punição ao Neymar. O Dorival precisava ser respeitado. Ele é uma autoridade e o Neymar tinha que entender isso".
Em 27 de março de 2011, durante o amistoso entre Brasil e Escócia no qual os brasileiros venceram por 2x0, Neymar, que foi o autor de ambos os gols e foi vaiado o tempo todo pela torcida escocesa, teria sofrido, segundo o canal televisivo SporTV, atos de racismos, dentre os quais uma banana que teria sido jogada em campo ao ser substituído. O escocês Hamish Husband representante da torcida Tartan Army (Exército de Tartan em inglês), negou o ocorrido ao dizer que "Racismo não tem lugar na Tartan Army. Se ele existisse, seria erradicado imediatamente, porque nos policiamos. Em 1º de abril de 2011, o presidente da Federação Escocesa de Futebol, Stewart Regan, enviou uma carta à Confederação Brasileira de Futebol exigindo um pedido de desculpas de Neymar pelas acusações de racismo que o atleta fez após a partida. Essa exigência é devida ao fato de a políca inglesa ter dito que a torcida escocesa se portou de maneira exemplar e de ter descoberto que o autor do ato foi um adolescente alemão que se encontrava entre a torcida brasileira. O Um vídeo do ocorrido foi amplamente divulgado na internet. Segundo Reagan, "os escoceses ficaram muito chateados com o ocorrido e não querem que a imagem de bem-humorados e cordiais torcedores fosse manchada". E acrescentou: "Escócia e Brasil jogaram já por diversas vezes e sempre fizeram um belo e amistoso espetáculo. Esse pedido de desculpas é necessário para encerrar de vez o episódio". Porém, no mesmo dia, em nota divulgada em seu site oficial, Neymar se negou a pedir desculpas e disse que "Essa exigência por parte da Federação Escocesa, após tudo o que ocorreu, pareceu-me um tanto quanto irônica, uma vez que, caso tenha mesmo ocorrido uma ação preconceituosa, nós, atletas, é quem deveríamos “exigir” um pedido formal de desculpas".
Em 6 de abril de 2011, durante o jogo entre Santos e Colo Colo, Neymar foi expulso após marcar um gol, o jogador foi comemorar com uma máscara com sua foto, máscara no qual, a diretoria do Santos distribuiu 15 mil exemplares para os torcedores presentes no estádio, e o que o jogador não sabia é que é proibido pelas regras do futebol, o uso de máscaras com ou sem a foto de quaisquer pessoa que seja, com a punição de um cartão amarelo para quem utilizar, o jogador já tinha um cartão, e por conta de sua falta de conhecimento sobre a regra, acabou expulso, o que deixou o atacante indignado. Além de Neymar, o Santos teve mais 2 jogadores expulsos na vitória por 3x2 sobre o Colo Colo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Santos - Bi Campeão da Taça Libertadores da América 1963


A Taça Libertadores deste ano se inicia com oito equipes
divididas em três grupos, dois com três equipes e um com
dois clubes. Classificam-se os campeões de cada grupo para
as semi finais, que contarão com a participação do Santos,
do Brasil, campeão da edição de 1962. Nas semi finais os clubes
jogam em ida e volta, assim como os vencedores dessas partidas,
que farão a grande final também em partidas de ida e volta.
Era necessário superar 2 adversários para ser campeão. O Peixe, detentor do título de 1962, o primeiro de um time brasileiro, teve direito à regalia.
O caminho era tão curto. quanto tortuoso, difícil.
Pela frente, o mágico Botafogo.
O primeiro jogo, no dia 22 de agosto, em São Paulo, terminou 1×1.
A partida seguinte, em 28 de agosto, no Maracanã, explica a razão do Santos lotar naqueles tempos o então maior estádio do mundo.
O time de Pelé ganhou por 4 a 0. Foi, como de costume quando necessário, santástico!!!
Faltava “apenas” derrotar o Boca Juniors nas finais para garantir o bi.
Em 3 de setembro, no Maracanã, o Santos levou a melhor, por 3 a 2, com gols de Coutinho (2) e Lima. Chegou a fazer 3 a 0.
Na partida final, o mítico La Bombonera viu cair a invencibilidade do Boca lá dentro.

1º Jogo
04/09/1963 - Quarta-feira
SANTOS 3x2 BOCA JUNIORS
Local: Maracanã (Rio de Janeiro-BRA);
Público: 100.000; Árbitro: Marcel Albert Bois (FRA);
Gols: Coutinho 2', Coutinho 21', Lima 28' e
Sanfillippo 43' do 1º; Sanfillippo 44' do 2º
Santos: Gilmar, Mauro, Calvet e Dalmo;
Zito e Geraldinho; Dorval, Lima,
Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.
Boca Juniors: Errea, Magdalena, Marzolini e Orlando
(Silveira); Simeone e Rattin; Grillo, Rojas, Menéndez,
Sanfillippo e González. Técnico: Aristóbulo Deambrosi.

2º Jogo
04/09/1963 - Quarta-feira
BOCA JUNIORS 1x2 SANTOS
Local: La Bombonera (Buenos Aires-ARG);
Público: 50.000; Árbitro: Marcel Albert Bois (FRA);
Gols: Sanfillippo 1', Coutinho 5' e Pelé 37' do 2º;
Boca Juniors: Errea, Magdalena, Orlando e Simeone;
Silveira e Rattin; Grillo, Rojas, Menéndez,
Sanfillippo e González. Técnico: Aristóbulo Deambrosi.
Santos: Gilmar, Mauro, Calvet e Dalmo;
Zito e Geraldinho; Dorval, Lima,
Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Santos - Bi-Campeão Mundial


Coube aos bravos jogadores santistas, jogando no estádio do Maracanã (RJ) sem a presença do seu melhor jogador, o Rei Pelé - que estava contundido -, escrever com sangue e muita luta uma vitória dramática e heróica na página dourada do livro de sua gloriosa existência. O Santos bateu o time italiano do Milan, comandado por Trapatonni e pelo brasileiro Amarildo.

O resultado apertado refletiu bem o grau de dificuldade que teve o time santista para conquistar o seu segundo título de Campeão Mundial Intercontinental. Após perder o primeiro jogo na Itália pelo placar de 4 a 2, o Alvinegro recuperou-se brilhantemente ao vencer, pelo mesmo resultado, a segunda partida, provocando a terceira e decisiva peleja, também em gramados brasileiros.


O tento solitário Alvinegro foi marcado pelo lateral-esquerdo Dalmo Gaspar, aos 25 minutos da etapa inicial, cobrando uma penalidade máxima, sofrida pelo atacante Almir, o Pernambuquinho.

Juan Brozzi, o árbitro argentino, expulsou, por reclamação, o zagueiro italiano Maldini, logo após o mesmo ter cometido a penalidade máxima. E ainda no primeiro tempo, já nos acréscimos, foi a vez de ser expulso também o lateral-direito santista Ismael, por desferir uma violenta cabeçada no ex-botafoguense Amarildo.

Naquele distante sábado, 16 de novembro de 1963, perante 120.421 espectadores, o Alvinegro Praiano sagrou-se bicampeão mundial interclubes, vencendo o onze italiano com: Gilmar; Ismael, Mauro, Haroldo e Dalmo; Lima e Mengálvio; Dorval, Coutinho, Almir e Pepe. O técnico santista era Luís Alonso, o inesquecível Lula. Já se vão mais de 40 anos de saudosa e nostálgica recordação, gravada para sempre na parede da memória dos felizes torcedores santistas, que não esquecerão jamais aquele sábado primaveril memorável.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Escudos/Distintivos do Santos ao Longo da História

O Santos Futebol Clube foi fundado em 14 de abril de 1912 na sede do Clube Concórdia. A agremiação, em seu primeiro ano de existência, adotou o modelo do escudo do Concórdia e suas cores: azul, branco e dourado.
O distintivo do Peixe, criado em 1913, era composto por um globo terrestre com os paralelos de latitude a partir de uma linha do equador e dos meridianos de longitude, tendo ao centro um escudo com dez listras verticais, alternadas em preto e branco, com uma faixa diagonal com o monograma SFBC (Santos Foot-Ball Clube), e do lado esquerdo superior uma esfera simbolizando a bola de futebol. Por cima do escudo, havia uma coroa. Esse escudo tinha também traçados os continentes em tom de amarelo, o Brasil em verde e os oceanos em azul. A inscrição se tornou SFC em 24 de abril de 1915, por solicitação do patrono do clube, Urbano Caldeira.
Em 1915, para poder disputar um torneio municipal, o clube adotou o pseudônimo de União, mantendo o mesmo uniforme, mas com um escudo com o nome União entre losangos.
Nos anos 30, abandonou o velho escudo e adotou definitivamente o atual, com listras verticais. Nos anos 60, acrescentou duas estrelas douradas em cima do distintivo, para marcar a conquista dos dois campeonatos mundiais interclubes.

Escudo do Concórdia de 1912

Escudo oficial de 1913

Escudo do União FC de 1915

Escudo empregado nas décadas de 30 e 40

Escudo atual do Peixe

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pelé - O Atleta do Século


Nome: Edson Arantes do Nascimento
Posição: meia-atacante
Filiação: João Ramos do Nascimento (Dondinho) e Celeste Arantes do Nascimento
Data e Local de Nascimento: 23/10/1940, em Três Corações (MG)- Brasil
Chuteira: 39
Estreia como profissional: Santos FC 7 X 1 Corinthians de Santo André
Jogos: 1.365 jogos
Gols: 1.281 gols
Jogos pelo Santos: 1.116 jogos
Gols pelo Santos: 1.091 gols
Jogos pela Seleção Brasileira: 114 jogos
Gols pela Seleção Brasileira: 95 gols
Clubes: Santos FC (1956 a 1974) e Cosmos (1975 a 1977)

"Eu sonhava em jogar como meu pai", confidenciou Edson Arantes do Nascimento, mineiro da cidade de Três Corações, filho de Celeste e do conhecido jogador Dondinho. Edson teve uma surpresa, porque Pelé foi muito além. Superou seu próprio sonho e, até mesmo, a promessa de ganhar uma Copa do Mundo para seu pai. "Na final da Copa de 50, o Brasil perdeu para o Uruguai e meu pai ficou muito emocionado. Quando eu o vi em lágrimas, só pude pedir para que não chorasse porque eu iria ganhar uma Copa do Mundo para ele", lembrou o Rei, que saiu campeão de três Copas do Mundo, colecionou mais de 50 títulos e 1.281 gols em sua gloriosa carreira.


Quando o Atleta do Século XX, ainda aos quatro anos, mudou-se para São Paulo com sua família, Dondinho passou a atuar no Bauru Atlético Clube (BAC). Seguindo os passos maestrais de seu pai, Dico brilhou em equipes amadoras da região, como Ameriquinha e Baquinho, e sua intimidade com a bola o fez conquistar títulos de artilheiro e um novo apelido: Pelé.


Em pouco tempo, os pés daquele menino franzino e de uniformes folgados no corpo tomariam um novo rumo. Aos 11 anos, Pelé foi descoberto pelo jogador Waldemar de Brito que o convidou a fazer parte da equipe que estava organizando: o Clube Atlético de Bauru. Para selar compromisso com o destino, o mesmo jogador que o descobriu, o levaria, anos depois, para o Santos Futebol Clube.


Assim que Pelé chegou à Vila Belmiro, em oito de agosto de 1956, Waldermar de Brito avisou ao clube santista: "Esse menino vai ser o melhor jogador de futebol do mundo". Não demorou muito para a profecia começar a se concretizar. Um mês depois de sua chegada ao alvinegro praiano, que já era um time bicampeão paulista, Pelé estreou na equipe principal. "Minha estréia foi em um torneio amistoso contra o Corinthians de Santo André. Entrei no segundo tempo, no lugar de Del Vecchio e fiz o sexto gol do placar de 7 a 1. Foi meu primeiro gol com a camisa do Santos", contou.

Aos 16 anos, participou de um torneio de quatro equipes européias e brasileiras. O time em que atuou foi um combinado Santos e Vasco e, em uma das partidas, Pelé fez três belos gols. Daí em diante, o Brasil todo começou a enxergar o futuro Rei do Futebol.

Convocado para usar a camisa verde e amarela, em 1957, Pelé levou o país a conquistar o título de campeão da Copa Roca. "Foi meu primeiro título internacional e com a camisa da Seleção Brasileira", lembrou. O sucesso continuou aos pés de Pelé durante a disputa do Campeonato Paulista de 57, do qual foi artilheiro. "Já no meu primeiro campeonato, fiz 36 gols. Para um garoto de 16 para 17 anos, essa é uma grande conquista", declarou o dono da imortalizada Camisa 10.

Em menos de um ano, Pelé viu-se diante da grande oportunidade de concretizar a promessa que havia feito a seu pai: ganhar uma Copa do Mundo. Seu primeiro gol na Copa foi contra o País de Gales e classificou o Brasil para a semifinal. Na final da Copa de 58, a Seleção Brasileira conquistou seu primeiro título mundial depois de ter goleado a anfitiriã Suécia por 5 a 2. Pelé não agüentou e desmaiou em campo (na foto acima Pelé e amparado por Gilmar). "A emoção de participar de algo tão grandioso foi tão importante para mim que nem consigo expressar. Foi a primeira vez que fiz uma viagem para o Exterior e, ainda, realizei meu maior sonho. Com 17 anos, tornei-me o mais novo campeão do mundo. Além disso, levamos o nome do Brasil para fora e demos abertura para outros negros participarem da Copa, pois, até então, eu era o único ", declarou o Rei.

Após ter concretizado o que mais almejava, Pelé tinha mais duas metas: conquistar o Campeonato Paulista de 58 e o Torneio Rio-São Paulo pelo Santos Futebol Clube. Formado por jogadores como Coutinho, Zito, Pepe e o Rei, o time praiano mantinha-se imbatível e vivia sua melhor fase. Pelé foi o artilheiro do Paulista de 58 com o total de 58 gols, em 38 partidas, e o Santos conquistou o título.


A história repetiu-se em 1959 e o Peixe saiu vitorioso, pela primeira vez, no Torneio Rio-São Paulo. Entre os anos de 59 e 61, o Santos Futebol Clube conseguiu, com Pelé, conquistar 11 títulos internacionais. Reconhecida e respeitada internacionalmente, na década de 60, a equipe santista conquistou oito Campeonato Paulistas, e Pelé foi coroado como artilheiro em quase todos eles.

Nessa época, o Rei do Futebol recebeu diversos convites para atuar em times no Exterior, principalmente na Europa, mas rejeitou todos. Fiel ao Peixe, tinha outro objetivo em mente. "O Santos ainda não tinha título de campeão sul-americano e eu sonhava em dar esse título ao clube", afirmou. Em 1962, mais uma meta atingida: o time foi campeão sul-americano, goleando a equipe uruguaia do Peñarol, que havia sido campeã em 60 e 61.


No mesmo ano, mais uma Copa do Mundo à vista e Pelé era o grande nome do momento. Devido à uma distensão, ele não pôde jogar na final, mas o elenco saiu vitorioso e bateu a Tchecoslováquia por 3 a 1, no Chile. O Brasil passou a ser Bicampeão Mundial. "Fiquei muito preocupado e muito chateado por não ter podido ajudar meus colegas. Mas, graças a Deus, o Brasil conseguiu seu segundo título e fiquei muito realizado", afirmou Pelé.

Na Copa do Mundo seguinte, em 1966, a Seleção Brasileira viveu um pesadelo: foi eliminada logo na primeira fase. "Foi uma tristeza muito grande para mim, pois eu já era o Pelé e a cobrança era muito grande. Tanto, que eu pensei até em desistir de jogar", afirmou Pelé.

Em 1970, o Brasil passava por uma das fases mais difíceis da história com a ditadura militar. Indiscutivelmente, Pelé (na foto comemorando gol com Tostão) na Copa era a esperança de dias melhores para os brasileiros. "Muitas pessoas me incentivaram a participar da Copa de 70. É claro que senti todo o peso da responsabilidade nas minhas costas, pois a seleção já vinha de uma derrota", lembrou o Rei. Finalmente, o Brasil conquistou, definitivamente, a Taça Jules Rimet, vencendo a final contra a Itália, por 4 a 1, no México. "Foi a melhor fase de toda a minha carreira. Joguei em todas as partidas e finalizei minha participação nas Copas do Mundo extremamente realizado", afirmou Pelé, único tricampeão do mundo e maior artilheiro em Copas Mundiais.

Aos 22 anos, o Rei já atingia a marca de 500 gols. À medida que o tempo ía passando e Pelé aproximava-se da marca dos mil gols, as pessoas vibravam. "Quando fui me aproximando do milésimo gol, todos fizeram questão de transformar isso em um grande tema", afirmou Pelé. O tão esperado gol foi um pênalti fulminante, durante o jogo do Santos Futebol Clube contra o Vasco, no Maracanã, em 19 de novembro 1969. "Pela primeira vez, tremi. Nunca senti uma responsabilidade tão grande", completou o Rei (na foto beijando a bola após marcar o miléssimo gol de sua carreira).


Deixando pegadas de glória e saudade pelo Brasil, sua despedida oficial da Seleção foi em julho de 1971. Três anos depois, chegou a vez do Rei dar adeus ao Santos Futebol Clube, em outubro, durante a partida contra a Ponte Preta. É uma das imagens mais marcantes de Pelé: ele está ajoelhado no meio do gramado do Estádio da Vila Belmiro, de braços abertos e com a bola parada no chão diante dele. Pelé, aos soluços, pede perdão . É o fim de um casamento de 18 anos, seis meses e 26 dias.


Mas, a magia do futebol daquele homem que, com seus pés de ouro, fazia arte em campo, ficará imortalizada pelos gramados da Vila Belmiro e na memória daqueles que o assistiram. Porque quem é rei, nunca perde a majestade. Porque Pelé é eterno. "Sinto muita saudade daquela época, principalmente dos meus amigos de equipe. Realmente, isso me deixa muito emocionado".

Em 1975, aos 35 anos, o Rei do Futebol resolve voltar a atuar e transferiu-se para o Cosmos de Nova York (Estados Unidos) onde ajudou a difundir o esporte no país e conquistou o título de campeão norte-americano de 1977.


O amistoso Cosmos x Santos na despedida oficial de Pelé pode ser definido como o jogo em que todos perderam. O Rei, porque pretendia e não conseguiu marcar o último gol da carreira pelo Peixe, clube que lhe abriu as portas do sucesso. Quis o destino que seu único gol na partida fosse pelo Cosmos. O Santos, que havia dado adeus a Pelé há alguns anos, foi batido por 2 x 1. O Cosmos, mesmo vencendo o jogo, perdia seu maior craque e relações públicas. Mas, acima de tudo, naquele 1º de outubro de 1977, o futebol era o maior derrotado, ficando sem seu maior jogador de todos os tempos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dados de jogos do Santos FC na história


JOGOS - 5495
VITÓRIAS - 2851
EMPATES - 1267
DERROTAS - 1377
GOLS PRÓ - 11640
GOLS CONTRA - 7358
SALDO - 4282

Ultima atualização realizada em 11 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Os Maiores Artilheiros do Santos


01 - Pelé 1091 1956-1974
02 - Pepe 405 1954-1969
03 - Coutinho 370 1958-1970
04 - Toninho Guerreiro 283 1963-1969
05 - Feitiço 216 1927-1932/1936
06 - Dorval 198 1956-1967
07 - Edu 183 1966-1976
08 - Araken Patusca 177 1923-1929
09 - Pagão 159 1955-1963
10 - Tite 151 1951-1957/1960-1963
11 - Camarão 150 1923-1934
12 - Antoninho 145 1941-1954
13 - Odair 134 1943-1952
14 - Raul Cabral Guedes 120 1933-1942
15 - Vasconcelos 111 1953-1959
16 - Álvaro 106 1953-1961
17 - Del Vecchio 105 1953-1957/1965-1966
18 - João Paulo 104 1977-1984/1992
19 - Serginho Chulapa 104 1983-1984/1986/1988/1990
20 - Ary Patusca 103 1915-1922
21 - Juary 101 1976-1979/1989
22 - Gradim 97 1936-1944
23 - Rui Gomide 97 1937-1947
24 - Robinho 94 2002-2005/2010
25 - Kléber Pereira 87 2007-2009
26 - Douglas 79 1967-1972
27 - Siriri 75 1923-1929
28 - Guga 74 1992-1994
29 - Giovanni 73 1994-1996/2005/2006
30 - Mário Seixas 67 1930-1936
31 - Viola 67 1998-1999/2001
32 - Lima 65 1961-1971
33 - Arnaldo Silveira 64 1912-1921
34 - Nicácio 61 1949-1955
35 - Nenê 60 1969-1974
36 - Deivid 60 1999-2001/2004-2005
37 - Dodô 59 1999-2001
38 - Macedo 59 1994-1998
39 - Logu 58 1931-1935
40 - Vitor Gonçalves 58 1930-1936
41 - Neymar 57 2009-2010
42 - Zito 57 1952-1967
43 - Paulinho McLaren 55 1989-1992
44 - Evangelista 55 1925-1931
45 - Haroldo Pires Domingues 55 1921-1927
46 - Elano 54 2002-2005/2011
47 - Pita 53 1976-1984
48 - Cláudio Adão 51 1973-1976
49 - Constantino 51 1920-1924
50 - Léo Oliveira 50 1967-1975